Sangue queima
veias dilatam
O sol derrete sapatos
Pernas tropeçam
óculos distanciam
camuflam desejos
o corpo tremula
os braços dançam, dançam
os dentes rangem
os braços dançam, dançam
o sangue esfria
o olhar se cala
a noite escancara pesadelos
dedos esfriam
a caneta congela
persegue a poesia, o absurdo
sua voz ecoa
a cabeça gira, gira
suas mãos se decidem
as minhas recuam, recuam
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